- Pensei que só iria encontrar-te morto! Será que me acostumarei contigo?
Ela apenas sorriu. O cavaleiro sorriu também. Lembrou-se que ainda empunhava sua espada e baixou a cabeça.
- Não desejo mais lutar. Sinto que essa espada me será inútil. Mas não consigo largá-la!
O sorriso continuou em seus lábios. Ele soergueu um pouco a cabeça e a encarou.
- Quero tocar-te, abraçar-te! Mas a armadura...
Uma vida inteira de lutas. Uma vida inteira em guerra. A vida inteira se preparando para a próxima batalha. O corpo treinado para atacar e ser atacado, suportar o peso das armas e armaduras e a dor da vitória de cada batalha. Como seria o fim de uma vida assim?
Com a paz. A vida do guerreiro termina quando seu coração é pacificado. O coração pode encontrar a paz quando morto ou quando não houver mais dor para suportar.
O fim da guerra é a paz. Ou é um par de olhos verdes que sorri com ternura para o coração.
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