terça-feira, dezembro 27, 2005

Vitória definitiva

- Os cavaleiros brancos tomavam conhecimento de parte de teu passado e, por se acharem paladinos da Justiça, desejavam, então, matar-te. E ficavam mais alvoroçados, principalmente, quando descobriam também que eras um guerreiro de altíssimo nível. Provocavam-te. Aproveitavam-se que foste mercenário para depreciar-te.

"Eles nunca tiveram nada a perder. Pelo contrário, às vezes julgavam-se lesados, por ti ou por qualquer outro, e buscavam no duelo restaurar alguma condição anterior. No mínimo, queriam ficar com a fama de ter derrotado o lendário Cavaleiro Negro das Florestas Orientais. Entretanto, meu filho, tu és e sempre foste guerreiro de alta estirpe e tens algo que todo cavaleiro deveria ter, mas que nem todos têm, principalmente estes brancos. Um bom coração. Mas apenas te depreciavas pelejando com estes desonrados."

"O sangue derramado nunca foi o teu, mas as derrotas sempre foram tuas. Pois a luta contra ti era a vitória para eles, e vencê-los, nunca trouxe mérito nenhum para ti. Por isso que apenas agora obtiveste vitória genuína. Pois recusaste as provocações deste último cavaleiro branco!"

O jovem estava sentado à mesa, em frente ao ancião que lhe falava. Olhava fixamente para ele, seu velho mestre, educador e mentor militar, e velho amigo de seu pai, que também conhecia toda sua trágica história, e escutava suas palavras atentamente.

- Não te esqueças! A única vitória que perdura é aquela obtida contra a própria ignorância! Tu vales não pelo que carregas no corpo, mas sim pelo que carregas na alma!

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